Todo empresário já ouviu o conselho: “É preciso cortar custos!”
Mas a grande verdade é que — sem o devido controle e planejamento — cortar custos pode significar, na prática, cortar os próprios sonhos.
Empresas de sucesso sabem exatamente onde economizar sem perder força.
Empresas que falham, por outro lado, fazem cortes cegos — e acabam sacrificando o que torna o negócio viável, desejável e competitivo.
A linha que separa o crescimento da ruína é muito mais fina do que parece.
E começa na gestão financeira.
O mito do “gastar menos”
Em tempos de crise ou de baixo faturamento, é natural buscar reduzir despesas.
O problema surge quando a gestão de custos vira uma caça às bruxas: cortar tudo o que parece caro, sem analisar o impacto estratégico de cada gasto.
Nem todo custo é inimigo.
Alguns investimentos são justamente o que mantém a empresa viva:
- Qualidade do produto ou serviço;
- Treinamento de equipe;
- Inovação e tecnologia;
- Marketing e posicionamento de marca.
Cortar aqui é como amputar uma perna para economizar sapato.
Empresas que cortam sonhos
Negócios que fazem cortes sem análise crítica costumam apresentar:
- Produtos e serviços de qualidade inferior;
- Experiência do cliente ruim (e clientes indo embora);
- Times desmotivados e mal treinados;
- Reputação arranhada;
- Estagnação e queda de competitividade.
Em pouco tempo, a economia vira um buraco sem fim: menos clientes, menos vendas, mais cortes… e a falência aparece no horizonte.
Empresas que cortam desperdício
Já as empresas que crescem em tempos difíceis fazem diferente.
Elas sabem distinguir o que é:
- Desperdício (o que pode e deve ser eliminado)
versus - Investimento estratégico (o que sustenta e acelera o negócio).
Essas empresas:
- Analisam dados financeiros reais (não achismos);
- Cortam custos improdutivos (gastos supérfluos, processos ineficientes, retrabalho);
- Preservam e até ampliam os investimentos que geram retorno.
Em vez de sair cortando à toa, elas afinam a máquina — e saem ainda mais fortes.
Como colocar isso em prática?
- Tenha um controle financeiro rigoroso: saiba para onde vai cada centavo.
- Classifique despesas: essenciais, estratégicas e supérfluas.
- Use relatórios contábeis e financeiros para orientar as decisões — não o “achismo” ou o “feeling”.
- Revise contratos e fornecedores: renegociar é melhor do que cortar indiscriminadamente.
- Invista em tecnologia e automação: muitas vezes é mais barato otimizar do que reduzir.